Meus dois irmãos

Já contei que conheci meus dois irmãos? Eles não moram aqui em Brasília, moram no Rio de Janeiro. Eles chegaram a pouco mais de uma semana. Eu diria que não são parecidos comigo, quer dizer, eu não sou parecida com eles, hihihihi. A começar pela altura: o de 21 anos tem 1,82m e o de 17 anos tem 1,85m. Meu pai parece “anão” do lado deles (ele tem 1,77m). Minha mãe, então, coitada, parece uma daquelas miniaturas de porcelana (ela tem 1,60m), hihihihi.

Os dois são meio brutos, como eu, por isso achei-os divertidos e engraçados. Só que são mais barulhentos! No início estranhei aqueles dois gigantes no meu território, principalmente quando ficavam perto do meu pai. Estou sempre pronta para defendê-lo, hihihi! Acho que eles gostaram de mim também, pois brincam comigo o tempo todo: ficam me atiçando, correndo e brincando com as mãos para eu mordê-las. Eles acharam que eu era maior, pelas fotos que tinham visto no blog. Mas eu sou quase uma “anãzinha”, um cão “com a suspensão rebaixada”.

Demorei alguns dias para me habituar àqueles dois seres, mas agora é como se eles fossem da casa!

Estranhei o dia em que meu pai disse as três palavrinhas mágicas: “Vamos passear, Tiquinha?!”. Como sempre, pulei, corri em volta dele, abanei o rabinho na velocidade máxima, mas... quem ia passear comigo era meu irmão mais velho. Só me dei conta quando já estávamos na rua e olhei para trás. Meu pai estava no portão e meu irmão me segurava pela coleira e dizia: “Vamos Tiquinha!”. Eu dava dois passos, parava e olhava para trás, esperando que meu pai fosse junto. Não entendi nada, pois não era para eu passear com meu pai?! De passinho em passinho fui me afastando da casa e olhando para meu pai, para saber se podia avançar. Gosto de obedecê-lo, hihihi! Do portão, meu pai dizia: “Vai, Tiquinha, vai!”. E eu fui, alegre e saltitante...