quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sumiu todo mundo

Ei, onde estão meu pai e meus irmãos? Faz muitos dias que eles não voltam para casa. A última vez que os vi foi na semana passada, eles carregavam coisas parecidas com caixas pretas onde colocaram roupas e sapatos e entraram no carro. Meu pai tinha uma dessas “caixas” quando voltou da viagem que fez da última vez. Eu até achei que era uma caminha nova e entrei, deixando meus pelinhos pelas roupas do papai, hihihihi.


Sempre à espera e pronta para brincar e correr...

Achei que eles voltariam à noite para brincar comigo, mas não voltaram ainda... fico o dia inteiro esperando eles voltarem. O momento mais legal do dia é quando papai vem brincar comigo. Se bem que eu confesso que fiquei apaixonada pelo meu irmão mais novo, o Dudu...

Mamãe tem vindo me ver de vez em quando à noite. Ela me leva para passear e nossos passeios demoram quase uma hora... é legal também, porque eu gosto de correr e ela me leva pela coleira e corre comigo.


Quando passeio, corro e ando de pezinho querendo explorar tudo... especialmente se há cães do outro lado da cerca

Na segunda-feira passada, mamãe disse que eu ia matá-la do coração de tanto correr. “Mas mamãe, eu gosto de explorar tudo quando saio para passear, são muitos cheiros, muitas coisas novas para ver.” Ela ficou toda orgulhosa porque passou um ciclista e reconheceu que eu era um Jack Russel... quase ninguém sabe que cachorrinha eu sou, só me acham estranha porque sou rebaixadinha e pensam que sou filhote ainda. O tal ciclista disse que também tinha um e que era macho... ops, será que a mamãe não vai querer me apresentar para ele?

Hihihi, no sábado passado encontrei um beija-flor azul morto no chão da rua. Fui tão rápida em pegá-lo que, quando mamãe viu, só estavam as penas dos dois lados da minha boca. Olhei para a mamãe com a cara mais sem-vergonha do mundo e ela me disse para devolver o passarinho no chão. “Tá bom, tá bom, mamãe, eu devolvo... mas se algo está no chão não deveria ser meu por direito?”

Papai, volte logo!


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Minha segunda aula de natação

Num sábado destes papito e meu irmão Dudu resolveram tomar banho de piscina. Eu nadei uma única vez, logo que meu pai me adotou. Não gosto muito de vê-lo dentro da água, pois acho que ele está em perigo e fico tentando resgatá-lo. Fico agoniada! Dessa vez fiquei ainda mais aflita... não só meu pai estava na piscina, como meu irmão menor, que brinca o dia todo comigo enquanto está de férias em Brasília.



Fiquei doidinha, correndo de um lado a outro tentando puxá-los pelas mãos. Toda vez que eles se aproximavam da beirada, eu mordia um dos dedos das mãos e puxava, fazendo força para trás. Foi aí que papai resolveu me colocar na água e, pela segunda vez, nadei. Meio desajeitada, é verdade, mas nadei.



Tentei sair uma vez da piscina, mas como eu ainda não sei nadar direito e não tinha apoio nas patas de trás, batia somente as duas patas da frente, e ficava com o corpo na vertical... foi aí que eu dei uma cambalhota para trás, afundei totalmente dentro d’água. Meu pai e meu irmão foram muito rápidos no meu resgate, hehehe. Foi um susto... para eles, claro, porque eu continuei tentando sair como se nada tivesse acontecido. Então, papito e meu irmão me ajudaram a nadar da forma certa, com o corpo na horizontal. Eles me apoiaram pela “pança”, eu flutuei e bati as quatro patas. Papai achava engraçado quando eu ficava batendo as patas da frente antes mesmo de entrar na água, e ficou brincando comigo de me colocar na piscina só até a cintura, para me ver “nadando” com as patas da frente fora da água. Foi muito divertido!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Meu novo travesseiro

Oba!! Ganhei um travesseirinho novo da mamãe! Que bom! Além de dormir melhor, já, já vou destruí-lo com uma de minhas brincadeiras preferidas: a de espalhar aquela coisa branca e fofa que tem dentro dele pela garagem.


Meu travesseiro novo



Ops! O que será isso? Mamãe colocou algo diferente dessa vez... tem um saco em volta do travesseiro com uma coisa branca que abre e fecha se ela puxar.





O que é isso?



Acho que vou tentar morder para ver se sai... será que tem alguém olhando??!!


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O pato remendado

Um dia desses a mamãe consertou meu pato de brinquedo preferido. Ele era todo laranja e agora ficou bicolor: laranja e preto.


Meu pato era assim antes da destruição


Antes da destruição...

A vovó deu o tecido para os remendos e a mamãe costurou. Fiz a maior festa quando ela me devolveu o pato remendado! Ficou até bonitinho, meu patinho!


A cabeça foi toda costurada depois da destruição


A barriga também...


Momentos depois de receber meu patinho consertado

O mais legal é que ele continua fazendo aquele barulho estranho quando eu o aperto. Um dia ainda vou descobrir o que tem dentro do meu pato... quando papai menos esperar, lá vou eu destruí-lo novamente, hihihihihi.


Acho que ele não vai durar muito... olha a cara do meu pato. Parece pedir SOCORRO!!! Se ampliar a foto, dá para ver vestígios de grama na minha patinha esquerda, o que significa que eu estava "caçando" no jardim de casa!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos...

No último domingo era aniversário da minha avó, a mãe de meu pai. Eles saíram para almoçar e me deixaram sozinha na casa. Depois de algumas horas, meu pai voltou e me levou para passear de carro. Quando chegamos ao nosso destino, não reconheci a casa, pois só havia estado lá uma vez e, diga-se de passagem, não havia sido uma estada tão tranqüila, pois eu quase destruí alguns objetos da casa enquanto corria pela sala.

Fomos na casa do meu tio, o que tem uma chow-chow de nome Bolinha. É claro que eu queria brincar com ela, mas acho que ela estranhou meu jeitinho bruto de ser, correndo e pulando em volta dela. Foi uma surpresa para todos, pois nos demos muito bem, corremos e brincamos por todo o jardim da casa... e olha que é um jardim imenso. Havia muitos passarinhos e cheiros novos para explorar. Foi muuuito divertido!

Tudo estava bem até que minha mãe apareceu, à noite. Assim que minha mãe estacionou o carro, senti o cheiro dela e fui recebê-la no portão, abanando meu rabinho e minha “pança” como sempre faço. Ela adora, eu sei, hihihi! Quando mamãe entrou e a Bolinha foi cheirá-la, pensei que ela ia atacar, por isso resolvi defendê-la. Eu sou muito ciumenta, afinal de contas, a mãe é MINHA, só minha! Mamãe teve que me segurar e fazer carinho enquanto eu observava atentamente todos os movimentos com minha língua enorme para fora.

Durante a tarde, eu havia desenterrado um osso em forma de pneu que a minha prima Bolinha havia enterrado no jardim. Mamãe viu o osso e brincou comigo. O problema todo começou quando a Bolinha se deu conta de que era o osso DELA! Nós estávamos ótimas, mas o território era da Bolinha, e ela tinha que mostrar isso a mim! Enquanto minha prima devorava aquele osso delicioso, eu observava tudo à distância, com água na boca.


O osso que encontrei


Brincando com o osso


Roendo o osso


Bolinha se aproximando para pegar o osso


Bolinha pegando o osso depois que mamãe o escondeu


Bolinha roendo o osso enquanto eu observava à distância


Bolinha roendo o osso enquanto eu observava à distância

Meu pai esqueceu de levar meu ossinho e meus brinquedos e eu já estava com fome àquela altura da noite. Foi quando minha tia me trouxe um pouco da ração da minha prima. Casa de tia é sempre muito legal!!! Mas como eu estava em território alheio, a Bolinha não gostou de me ver comendo a comida que era dela. E resolveu me atacar! Eu só me defendi, estava quietinha num canto comendo e quando a Bolinha me atacou eu decidi atacar também. Enquanto todos gritavam, mamãe, que estava perto de mim, me levantou no alto e a Bolinha atacou-a, mordendo uma parte que não pode ser descrita neste blog. Mamãe se levantou da cadeira comigo no alto e, meio curvada, me entregou ao meu pai, que estava segurando a Bolinha pelo rabo, com as duas mãos. O que será que meu pai pensou? Que ia segurar um cão daquele tamanho pelo rabo?

Hahahahaha, foi uma cena muito engraçada, se não tivesse sido trágica. Meu pai segurava a Bolinha pelo rabo, com as duas mãos, minhas tias gritavam, a mãe da Bolinha estava petrificada procurando a coleira dela, alguém gritou que minha mãe tinha que ir para o hospital, meus irmãos perguntavam onde a Bolinha havia mordido minha mãe e ela não conseguia responder. E eu, do colo da minha mãe e depois do colo do meu pai, me debatia para descer e contra-atacar. É como dizem meus pais: eu sou uma cachorra sem noção alguma, sou um cão pequeno com alma de cachorro grande! Acho que posso com qualquer coisa, de qualquer tamanho, hihihihi.


No colo do meu pai depois do susto


O joelho de minha mãe ficou arranhado e mordido na lateral

Bom, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Mamãe saiu com algumas escoriações: um arranhão e uma dentada leve no joelho. Quanto à mordida naquela parte que não pode ser descrita, foi só um susto, nada aconteceu! Ufa!!