segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O início - parte II

Bem da verdade é que logo que conheci a Tiquinha suspeitei que era a cachorrinha ideal para meu (ex)namorado, porque ela tinha um temperamento muito parecido com o dele: era amigável, brincalhona, meiga, carinhosa e ativa, muuuito ativa! Parecia uma vira-latinha, como todo Jack Russel, mas não, era uma “puro-sangue” típica da raça. Passaram-se alguns dias após o primeiro encontro, e entrei em contato com o tal criador para verificar se havia alguma ninhada. Teria que esperar mais uns 3 meses. Esperei pacientemente. Enquanto isso, fui pesquisando sobre outras raças.
Particularmente, estava louca para ter um chihuahua branco, bem pequeno, mas é uma raridade. Disse que EU estava louca para ter um chihuahua branco, lógico que não ia dar esse cachorro para meu namorado. Imaginem que ele é um atleta, alto, e ia ficar muito estranho sair para passear com essa criatura minúscula.
Nesse meio tempo, meu namorado, em uma de suas visitas, viu a Bolinha. Mostrei a ele, mas não se mostrou nada empolgado com ela. Frustrante! Mas eu sou persistente e tinha certeza absoluta que ela combinava perfeitamente com ele e com o estilo de vida que leva. A cachorrinha estava presa na coleira, presa ao dono, que estava sentado num banco de madeira e que aguardava pacientemente que ela fizesse suas necessidades.
O rapaz estava há mais de uma hora esperando, mas a Bolinha não queria nem saber de fazer nada, só queria brincar, cheirar, explorar, mas estava ali, presa por 1 metro de coleira. E pulava, pulava. Reparei nos chinelos quase destruídos do dono e, nesse instante, percebi que a Bolinha também adorava mastigar... qualquer coisa, aliás. Os chinelos estavam na miséria!
Quando se confirmou a ninhada do tal criador, só havia um filhote disponível. Entrei em contato com meu vizinho e soube que eles estavam se mudando e que haviam devolvido a (até então) Bolinha para o criador. Como ele estava com um filhote apenas e a Bolinha estava lá também, insisti para meu namorado para irmos ver, apenas ver. Claro que eu estava com tudo planejado, tudo arquitetado. Apesar de ele não ter gostado da Bolinha no primeiro encontro porque ela pulava muito, insisti... e consegui convencê-lo! Ufa!! Ao chegar na casa do criador, Bolinha apresentava outro comportamento, estava mais quieta, nem pulou em nós.
Questionamos sobre o comportamento da raça e ele nos explicou que Jack Russels são cães de caça. Eles têm prazer em caçar e levar a caça ao dono (há uma história sobre as primeiras caças da Tiquinha, adiante). São incansáveis, muito resistentes a dor, muito fortes, latem pouco e têm habilidades impensáveis para um cão, como a escalada. Justamente por tudo isso é que não podem ser criados em apartamento. Corre-se um sério risco de gerar desvios de personalidade e podem se tornar agressivos se não tiverem espaço para correr, correr muito. É o que mais gostam de fazer: correr, brincar e caçar qualquer coisa que se mova e que apresente um desafio para eles.

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